Um terremoto de 7,1 graus atingiu nesta segunda-feira a área devastada pelo tremor do dia 11 de março. De acordo com a Agência Meteorológica do Japão, o tremor ocorreu às 17h16 no horário local (05h16, no horário de Brasília) e provocou um alerta de tsunami para a costa da província de Ibaraki , suspenso pouco depois. Uma estrada em Iwaki, Fukushima, ficou destruída. As autoridades emitiram um alerta de tsunami, que pouco depois foi suspenso.
Segundo a Agência Jiji, é muito possível que ocorra um terremoto entre 7 e 8 graus nos próximos seis meses. A previsão tem como base estudos do Instituto de Pesquisas Sismológicas do Japão.
A Tokyo Electric Power (Tepco), responsável pela central atômica de Fukushima, informou que os números referentes à radiação nos arredores da planta não se alteraram.Como precaução, os funcionários foram retirados da usina e a energia elétrica do local foi cortada.
"A empresa ordenou aos trabalhadores que saíssem e se refugiassem em um edifício resistente a terremotos", afirmou um porta-voz da Tepco. "A injeção de água para resfriar os três reatores foi suspensa quando a energia elétrica foi cortada", completou.
Momentos depois, a Agência de Segurança Nuclear japonesa anunciou que o fornecimento de energia elétrica foi restabelecido.
O terremoto ocorreu ao sul do município de Fukushima, afetado há exatamente um mês por tremor de 9,0 graus, seguido de um devastador tsunami.
Apesar das precauções, a agência de notícias Kyodo informou que não foi registrado nenhum dano na central. O terremoto foi sentido em Tóquio, a 170 km do epicentro.
Também hoje, mais cedo, os japoneses fizeram um minuto de silêncio em memória das vítimas do terremoto e tsunami de 11 de março, que segundo o balanço mais recente deixou 28.000 mortos e desaparecidos.
O governo japonês decidiu ampliar a área de segurança ao redor da central de Fukushima, que é atualmente de um radio de 20 km.
O risco de vazamento de grande alcance diminuiu consideravelmente, mas a exposição prolongada a doses de radioatividade pouco elevadas constitui um perigo que justifica a medida, segundo Edano.
O primeiro-ministro japonês, Naoto Kan, publicou nesta segunda-feira uma carta em vários jornais do mundo para manifestar a gratidão pela ajuda recebida pelo Japão.
"Em um momento de desespero, pessoas de todo o planeta se uniram a nós. Elas nos inspiraram com esperança e coragem", afirma Kan no texto, que tem como título "Obrigado pelo Kizuna (vínculos de amizade)", publicado em jornais de países como China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França e Rússia, entre outros).
"Apreciamos sinceramente os testemunhos de amizade que nos enviaram nossos amigos em todo o mundo e quero agradecer a cada nação, a cada organização e a você mesmo do fundo do meu coração", completa a carta do premier.
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